data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Conforme a direção da Estação Rodoviária, movimento até aumentou no final de ano, mas é incomparável com anos anteriores
Se o turismo não funciona a pleno vapor, compromissos ainda mantém viagens de pé. A aposentada Solange Gomes dos Reis, 60 anos, vive em Caçapava do Sul, mas, ao menos uma vez por mês, viaja a Santa Maria para receber o valor referente à sua aposentadoria. A viagem, até metade de 2020, era feita junto do amigo Henrique Silveira, 69, da filha, Viviane dos Reis, 30, e do marido Reni dos Reis. O cônjuge de Solange, contudo, não pôde mais acompanhá-la na estrada. Ele morreu de causas naturais aos 78 anos.
- A gente supera com o apoio da família - conta Solange ao fazer referência aos três netos, um em Porto Alegre e dois na cidade em que vive.
Em 2021, Central de UTIs será responsabilidade do Husm
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A filha de Solange, Viviane Gomes dos Reis (à frente), é uma de suas companhias nas viagens
Na última segunda-feira, Solange esperava pelo ônibus que a levaria de volta para Caçapava. São cerca de 10 horas entre a saída da cidade, às 9h15min, e o retorno, às 19h30min. O tempo, normalmente, é utilizado para passear por Santa Maria, mas Solange já está acostumada a esperar na Estação Rodoviária. Principalmente por causa do coronavírus, ela encurtou as andanças.
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Depois de retornar para Caçapava, a próxima viagem será à Região Metropolitana, onde a aposentada vai visitar um dos filhos. O final de ano de Solange aglutina viagens que marcam a vida dela, desde Lajeado, onde nasceu, passando por Porto Alegre, onde trabalhou como cuidadora de idosos, babá e cozinheira, até chegar em Caçapava do Sul. E mais um destino está no planejamento da aposentada para o verão:
- É boa a Praia do Cassino. Gosto de ir. Estou preocupada pela pandemia, não sei se vou poder ir, mas espero curtir.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Mesmo com o calor próximo dos 30ºC, José Algorin Cardoso não dispensa o chapéu e o agasalho
Ao contrário de Solange, o também aposentado José Algorin Cardoso, 77 anos, não pretende viajar no verão. Às 5h30min de segunda-feira, ele deixou sua São Sepé para ir até o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), onde teve uma consulta médica. Fora compromissos como este, Cardoso não costuma viajar e nem tem sonho ou desejo de conhecer outros lugares pelo mundo, já que prefere São Sepé. A razão é curta e direta.
- Minha gente é daqui - fala.
Próximo das 15h, quando o ônibus que o levava de volta para a terra-natal chegou no box da rodoviária, o aposentado demonstrou certa pressa em se despedir da reportagem e embarcar. O motivo era compreensível: a sensação de voltar para casa.
*Colaborou Leonardo Catto